Gostaria de começar afirmando que os termos "pai de santo" e "mãe de santo" são formas simples e populares de se referir aos sacerdotes dos orixás. Esses nomes são tão antigos que acabaram se tornando amplamente utilizados no cotidiano, mesmo fora dos contextos religiosos.
É importante esclarecer que ninguém nasce Babalorixá ou Yalorixá. Mesmo aqueles que se tornam sumos sacerdotes precisam passar por um longo processo de aprendizado e iniciação. O sacerdócio, portanto, não é algo inato, mas sim conquistado ao longo da vida, mediante dedicação e compromisso com a religião.
Para alcançar o posto de Babalorixá ou Yalorixá, é necessário cumprir todas as obrigações e etapas ritualísticas estabelecidas pela tradição religiosa. Após a conclusão desse percurso, o título é confirmado pela comunidade e pelo próprio sistema de crenças. Assim, o sacerdócio é tanto uma conquista quanto um reconhecimento.
Por fim, vale destacar que os termos "pai de santo" e "mãe de santo" não são vistos como pejorativos dentro da religião. Pelo contrário, eles representam uma forma carinhosa e respeitosa de expressão, frequentemente usada por pessoas que, embora não conheçam profundamente os aspectos doutrinários, demonstram apreço e reverência pelos líderes espirituais.